sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Um movimento
um movimento:
o vento leva a cor e a poeira
nas mãos Carmem Miranda.
O samba pede passagem:
uma viagem para afastar a
tristeza e eternizar o ritmo
das bandeiras na memória.
O brasileiro engole
cospe cocada
e coca cola
No pé
no peito traça
atira chuta a bola
enrola a grana pouca
de todo mês..
o vento leva a cor e a poeira
nas mãos Carmem Miranda.
O samba pede passagem:
uma viagem para afastar a
tristeza e eternizar o ritmo
das bandeiras na memória.
O brasileiro engole
cospe cocada
e coca cola
No pé
no peito traça
atira chuta a bola
enrola a grana pouca
de todo mês..
Cruzamento
na feira
tem coisa pra ver
olhar comprar
e render
nada vem
sem cruzar
o amor
bolem
o sexo
mole
va ver
va rrer
reaver
o chão o céu
sem ar sem
chover
rever
a ver
dade
o
vai
e
vem
do
corpo
a
corpo
a luta:
copo
a
copo
beber comer esquecer as dores
nos trilhos da Central do Brasil.
Pau
(f) erro (ar) eia pedra
a vida é pauleira ferradura areia vento
fura a pedra acaba a ponte a fonte:
querer saber da viagem: morrer e foder.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
A tarde
A tarde se desnuda
se despede e pede
um poema concreto
escrito no asfalto.
Ilumonado pelo sol
na linha do equador
o pé direito colado em nuvens cor de rosa
o esquerdo calçado na meia azul turqueza.
A tarde desgruda-se dos meus ombros.
Cansado, espero amores encontrados
antes dos temporais ao meio-dia.
Não uso botas de lã.
Caminhos no invisível.
Há metafísicas demais
nos bolsos furados da velha
calça jeans,
Visto camisas desbotadas
de saudades das ruas.
Ventos sopram a pele,
lambem a tatuagem
de dragões e serpentes,
cortam fios de seda,
espalham a poeira
do mês, guardada
na sola dos pés.
Sinto o cheiro azedo de London.
Ouço o eco das guitarras,
e o tlin tim dos copos cheios de rum
e rodelas de limão.
se despede e pede
um poema concreto
escrito no asfalto.
Ilumonado pelo sol
na linha do equador
o pé direito colado em nuvens cor de rosa
o esquerdo calçado na meia azul turqueza.
A tarde desgruda-se dos meus ombros.
Cansado, espero amores encontrados
antes dos temporais ao meio-dia.
Não uso botas de lã.
Caminhos no invisível.
Há metafísicas demais
nos bolsos furados da velha
calça jeans,
Visto camisas desbotadas
de saudades das ruas.
Ventos sopram a pele,
lambem a tatuagem
de dragões e serpentes,
cortam fios de seda,
espalham a poeira
do mês, guardada
na sola dos pés.
Sinto o cheiro azedo de London.
Ouço o eco das guitarras,
e o tlin tim dos copos cheios de rum
e rodelas de limão.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Morro
mo ro
no mor
ro
não mor
ro
no olho da multidão
afoga-se um anjo
há lágrimas na poeira
gotas de chuva e limão.
Não atire
peça perdão
se não
latir o
o cão
morre
no homem
o sonho
sem água
ave livro
e pão.
sábado, 24 de novembro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Casas e Cascas
cas cas c as cas cas
cas cas cas cas cas
mal casa
dos bem
passados
sem casa sem casca passas sem asas
ilhas
postes ruas passos
paralelepípedos
pessoas passam
choram verdades
mentiras cobertas
en casca lham
portas abertas
as horas filhas
do vento.
in (certas)
linhas tortas
soltas no tempo.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Agosto
agosto passa invento idades
eu passo vivo invernos fantasias
descolo bandeiras
Pessoas Florbelas
poemas
desfaço
laços
um abraço aposto
movo ciclos
esperas
esferas
estrelas
giram folhas
e flores
no verde
azul
agosto descasca os frutos
escolhe a rosa os ventos
a pétala viva lisa
acerta as horas
do próximo mês.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Ruas do Canavial
desço de lado
de banda de banda
de lado desço tiro a canga
ladeiras de cristal do varal
desço não desço me afogo há fogo cinza e vento num mar de pedra pau poeira e cal
há incenso e abano:
cimento pele osso e pano
nas chamas do incêndio
a porta verde fecha e corta
a folha torta morta no canavial.
domingo, 22 de julho de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Elementos
fogo água palha
pilha navalha
agulha afaga afoga a folha
ilha
canalha caralha cata apaga
pele cara vela vento
pilha navalha
agulha afaga afoga a folha
ilha
canalha caralha cata apaga
pele cara vela vento
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Somos
SomoS o Sumo
completa
complex
idade
linha
reta
concreta indiscreta
somos atalhos retalhos
cor reta permissidade.
Cadê a poesia?
Tá mo
fa da
fo da
olha
da
assusta
en colhi
da
a chuva
ac/olhe
a rima
no escuro.
Nada vejo,
nem ouço,
as páginas
da manhã.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Estátuas
estátuas
arranham
lábios
não beijo
pedra
e sal.
ruínas
afinam
a pele
desfiam
não pulam
cordas
apagam
o sol
no peito
pulsam
os pés
na mão.
arranham
lábios
não beijo
pedra
e sal.
ruínas
afinam
a pele
desfiam
não pulam
cordas
apagam
o sol
no peito
pulsam
os pés
na mão.
sábado, 16 de junho de 2012
Soy loco por ti
Amé acima
rica
antes debaixo
depois
na fina linha que passa no Equador.
Homérica história:
cavalos botas reis servos e generais
canhões fuzis yelows submarines em
desfiles tropas armadas eliminaram
vidas em troca da paz.
a sina: luta vida morte
o sangue as mãos e as
cores de muitas badeiras.
Um continente
acena okay
não mais bye bye
só adeus.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
A poesia
a poesia
se esconde
na poeira
sem eira
nem beira
voa
segue à sombra
de um pássaro
cego
esfacela-se
no olho do homem
abrindo janelas.
a poesia mira-se
no tempo no vento
no mar.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
A dor
a dor arranha assanha
assa corta o poema
furta a palavra aflita marcada
nos pés
a dor apanha a alma
n a rua vazia
assa corta o poema
furta a palavra aflita marcada
nos pés
a dor apanha a alma
n a rua vazia
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Azul
conc retos
disc retos
dis persos
nus
persona
gens
sugam:
a lusa
palavra
a luz
o chão
o céu
a lama
se es
palha
azul.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
sábado, 19 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Envelhecer
sexta-feira, 23 de março de 2012
.).
Espero o envelhe
cimento duro
na praça
no banco
Um rádio
toca fina
música:
xote baião
blues fado
não enfado:
vida
pala
vras
frias
mortas na b
oca língua
presa aos
poucos
dentes.
Envelhecer
à sombra
e água
fresca
na manhã
esperar o pão
fresco
cada dia
velejar enquanto
apaga a última
estrela.
.).
Espero o envelhe
cimento duro
na praça
no banco
Um rádio
toca fina
música:
xote baião
blues fado
não enfado:
vida
pala
vras
frias
mortas na b
oca língua
presa aos
poucos
dentes.
Envelhecer
à sombra
e água
fresca
na manhã
esperar o pão
fresco
cada dia
velejar enquanto
apaga a última
estrela.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Poema para S.J. do Rio Preto
Guardo as tardes de outubro
e um poema para ler amanhã.
Cedo,
o sol se esconde
atrás dos laranjais.
As andorinhas pousam,
alegram o céu e as árvores.
Aguçam a memória dos casarões,
ouvem os sinos das igrejas
antes de ouvirmos Ave-Maria.
Estrelas cadentes nascem,
deslizam, colorem horizontes.
As moças decifram sonhos,
leem as mãos dos poetas.
São eternas
as fotografias
da alma.
Ouço movimentos:
pedras passos raízes
crianças árvores.
Relógios marcam 30°.,
mesas decoram as ruas,
invadem as calçadas;
ao redor, olhares em círculos
expressam contidos desejos.
Nas sombras dos muros,
rapazes erguem os braços.
Medrosos,
ouvem zumbis tatuados;
sôfregos, fogem da luz.
Na memória,a cidade se movimenta,
esquenta a temperatura das cores.
Mais horas são necessárias
para o trabalho das tardes.
Pensam os homens nas festas
que o tempo ainda não desenhou.
e um poema para ler amanhã.
Cedo,
o sol se esconde
atrás dos laranjais.
As andorinhas pousam,
alegram o céu e as árvores.
Aguçam a memória dos casarões,
ouvem os sinos das igrejas
antes de ouvirmos Ave-Maria.
Estrelas cadentes nascem,
deslizam, colorem horizontes.
As moças decifram sonhos,
leem as mãos dos poetas.
São eternas
as fotografias
da alma.
Ouço movimentos:
pedras passos raízes
crianças árvores.
Relógios marcam 30°.,
mesas decoram as ruas,
invadem as calçadas;
ao redor, olhares em círculos
expressam contidos desejos.
Nas sombras dos muros,
rapazes erguem os braços.
Medrosos,
ouvem zumbis tatuados;
sôfregos, fogem da luz.
Na memória,a cidade se movimenta,
esquenta a temperatura das cores.
Mais horas são necessárias
para o trabalho das tardes.
Pensam os homens nas festas
que o tempo ainda não desenhou.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Vivência do Interior
Guardo as tardes de outubro
e um poema para ler amanhã.
Cedo,
o sol se esconde
atrás dos laranjais.
Estrelas cadentes nascem,
deslizam, colorem horizontes.
As moças decifram sonhos,
leem as mãos dos poetas.
São eternas
as fotografias
da alma.
Ouço movimentos:
pedras passos raízes
crianças árvores.
Relógios marcam 30°.
mesas decoram as ruas,
invadem as calçadas;
ao redor, olhares em círculos
expressam contidos desejos.
Na sombra dos muros,
rapazes erguem os braços.
Medrosos,ouvem zumbis tatuados,
sôfregos, fogem da luz.
Na memória,a cidade se movimenta,
esquenta a temperatura das cores.
Mais horas são necessárias
para o trabalho das tardes.
Pensam os homens nas festas
que o destino não traçou.
e um poema para ler amanhã.
Cedo,
o sol se esconde
atrás dos laranjais.
Estrelas cadentes nascem,
deslizam, colorem horizontes.
As moças decifram sonhos,
leem as mãos dos poetas.
São eternas
as fotografias
da alma.
Ouço movimentos:
pedras passos raízes
crianças árvores.
Relógios marcam 30°.
mesas decoram as ruas,
invadem as calçadas;
ao redor, olhares em círculos
expressam contidos desejos.
Na sombra dos muros,
rapazes erguem os braços.
Medrosos,ouvem zumbis tatuados,
sôfregos, fogem da luz.
Na memória,a cidade se movimenta,
esquenta a temperatura das cores.
Mais horas são necessárias
para o trabalho das tardes.
Pensam os homens nas festas
que o destino não traçou.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Poema Metido à Besta
Para escapar do tédio,
tome Pílulas filosóficas
entre o café da manhã
e o breakfast das cinco.
Entre o sono
e a vigília,
leituras leves,
com pitadas
de Nietzsche,
Schopenhauer
e Lacan.
Se continuar os sintômas,
adormeça e escape da
entropicoinertemania.
Escreva poemas
e ensaios literários
após as refeições.
Na madrugada,
não ouça programas religiosos,
não assista os filmes
da sessão coruja.
Seja fã das bandas de rock
da Turquia e da Ucrânia,
mas não deixe de assistir
aos concertos da filarmônica
de Israel, Londres e Berlim.
{No Brasil a Sinfônica de São Paulo
desperta ouvidos do mundo}.
tome Pílulas filosóficas
entre o café da manhã
e o breakfast das cinco.
Entre o sono
e a vigília,
leituras leves,
com pitadas
de Nietzsche,
Schopenhauer
e Lacan.
Se continuar os sintômas,
adormeça e escape da
entropicoinertemania.
Escreva poemas
e ensaios literários
após as refeições.
Na madrugada,
não ouça programas religiosos,
não assista os filmes
da sessão coruja.
Seja fã das bandas de rock
da Turquia e da Ucrânia,
mas não deixe de assistir
aos concertos da filarmônica
de Israel, Londres e Berlim.
{No Brasil a Sinfônica de São Paulo
desperta ouvidos do mundo}.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Águas de Abril
Temporais riscavam
maus presságios nos céus.
Janelas e portas se fechavam,
a cidade perdia-se no vento.
Poetas ouviam versos
vindos das nuvens.
Jovens amantes
despertavam prazeres
e esqueciam da tarde,
onde pedras rolavam
ladeira a baixo.
{Mulheres recolhiam lembranças}.
Absorto,
eu via homens de pedra
e alma vazia.
Nas montanhas,
desciam corpos molhados
das filhas do sol.
Relâmpagos iluminavam as ruas,
a vida renascia sobre as águas.
maus presságios nos céus.
Janelas e portas se fechavam,
a cidade perdia-se no vento.
Poetas ouviam versos
vindos das nuvens.
Jovens amantes
despertavam prazeres
e esqueciam da tarde,
onde pedras rolavam
ladeira a baixo.
{Mulheres recolhiam lembranças}.
Absorto,
eu via homens de pedra
e alma vazia.
Nas montanhas,
desciam corpos molhados
das filhas do sol.
Relâmpagos iluminavam as ruas,
a vida renascia sobre as águas.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
nA BocA
dor(mente)
a palavra
des
liza nos
lábios.
muda
não morde
veste
sílabas
desmaia
na boca
fechada
dura morre
colada
no escuro.
a palavra
des
liza nos
lábios.
muda
não morde
veste
sílabas
desmaia
na boca
fechada
dura morre
colada
no escuro.
Riscos
O poeta corre riscos,
mas sente a delícia das manhãs
onde guarda lembranças
e fragmentos de sonhos.
{Ouve pedras e flores}.
Em caixas de vento
coleciona palavras
e sentimentos.
Nas sombras do tempo,
vê réstias do sol;
despede-se das árvores,
espelha-se na chuva,
deita sobre estrelas
espalhadas no chão.
Atrás das portas,
chora saudades,
espera o amor.
mas sente a delícia das manhãs
onde guarda lembranças
e fragmentos de sonhos.
{Ouve pedras e flores}.
Em caixas de vento
coleciona palavras
e sentimentos.
Nas sombras do tempo,
vê réstias do sol;
despede-se das árvores,
espelha-se na chuva,
deita sobre estrelas
espalhadas no chão.
Atrás das portas,
chora saudades,
espera o amor.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Um poema no ar
Um poema com versos ouro.
Que faça cair lágrimas
na face dos homens
de coração vadio.
Um poema solto nas árvores,
que ouça o lamento das pedras
e adormeça os pássaros.
Quero o poema em nuvens,
acordando estrelas e anjos,
na luz do olhar noturno
e na alvura das asas
do amor voltando.
Que faça cair lágrimas
na face dos homens
de coração vadio.
Um poema solto nas árvores,
que ouça o lamento das pedras
e adormeça os pássaros.
Quero o poema em nuvens,
acordando estrelas e anjos,
na luz do olhar noturno
e na alvura das asas
do amor voltando.
sexta-feira, 30 de março de 2012
Insône
Relâmpagos iluminam a noite,
rolam pedras sobre as casas.
Espalham flores nas ruas,
escondem os pés de amigos
que viajaram sem adeus.
Numa caixa, vejo cabeças
de homens cegos e mulheres
que vagam desertos.
No espelho, gotas de sangue
desenham corpos sem alma.
Meninos engolem o vento,
exibem braços tatuados
com dragões e águias.
Quem sabe amanhã,
depois do café,
biscoitos ingleses
serão comprados?
Guardam meus olhos
paisagens e lugares
onde adormecem amores.
rolam pedras sobre as casas.
Espalham flores nas ruas,
escondem os pés de amigos
que viajaram sem adeus.
Numa caixa, vejo cabeças
de homens cegos e mulheres
que vagam desertos.
No espelho, gotas de sangue
desenham corpos sem alma.
Meninos engolem o vento,
exibem braços tatuados
com dragões e águias.
Quem sabe amanhã,
depois do café,
biscoitos ingleses
serão comprados?
Guardam meus olhos
paisagens e lugares
onde adormecem amores.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Poema Elástico
Num movimento elástico,
o poeta Wasil Sacharuck,
caminha sobre nuvens.
Estabanado, mistura as tintas.
Alucinado, mistura as cores
à poeira do chão.
Escreve poemas
nos ossos dos pássaros,
bebe lágrimas de anjos
e palhaços.
O céu não é mais o mesmo
quando ouvem meus passos
nas estrelas.
o poeta Wasil Sacharuck,
caminha sobre nuvens.
Estabanado, mistura as tintas.
Alucinado, mistura as cores
à poeira do chão.
Escreve poemas
nos ossos dos pássaros,
bebe lágrimas de anjos
e palhaços.
O céu não é mais o mesmo
quando ouvem meus passos
nas estrelas.
terça-feira, 27 de março de 2012
Deixe
Homens colhem pedras
para transformá-las
em armadilhas.
Sobre as águas,
poetas doam-se
às estrelas.
O mar deixa recados,
despede-se na areia.
Dragões afiam as garras,
levam corpos adormecidos
pro fundo das redes.
Netuno não abre os olhos
quando nuvens escondem o sol.
Deixe o peixe
navegar o azul
dentro do mar.
para transformá-las
em armadilhas.
Sobre as águas,
poetas doam-se
às estrelas.
O mar deixa recados,
despede-se na areia.
Dragões afiam as garras,
levam corpos adormecidos
pro fundo das redes.
Netuno não abre os olhos
quando nuvens escondem o sol.
Deixe o peixe
navegar o azul
dentro do mar.
domingo, 25 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
Morangos Mofados
Há poesia nos cabelos
cobertos com pano
bordado
nos pés
nos calos nos dedos
da mão
enrugada
a poesia não dorme,
não fede, não cheira.
Espalha-se no lixo;
na lama das calçadas,
nas cidades de lata.
Entre espelhos quebrados,
potes de vidro, papel
e plástico.
Na boca vazia,
a poesia lambe o nada
masca e cospe
a flor esmagada.
Nas sombras dos muros
restos de ossos temperam
morangos mofados.
cobertos com pano
bordado
nos pés
nos calos nos dedos
da mão
enrugada
a poesia não dorme,
não fede, não cheira.
Espalha-se no lixo;
na lama das calçadas,
nas cidades de lata.
Entre espelhos quebrados,
potes de vidro, papel
e plástico.
Na boca vazia,
a poesia lambe o nada
masca e cospe
a flor esmagada.
Nas sombras dos muros
restos de ossos temperam
morangos mofados.
domingo, 18 de março de 2012
Março,quase Outono
O vento transforma o dia.
A tarde acolhe os pássaros,
as flores escutam árvores.
Insône,um homem guarda
o tempo das estrelas,
desfia as horas
nos calendários.
...
Esfriam as águas.
A vida transporta dores
e lágrimas.
Poetas transformam
almas em nuvens
e aves.
A tarde acolhe os pássaros,
as flores escutam árvores.
Insône,um homem guarda
o tempo das estrelas,
desfia as horas
nos calendários.
...
Esfriam as águas.
A vida transporta dores
e lágrimas.
Poetas transformam
almas em nuvens
e aves.
terça-feira, 6 de março de 2012
Poema no Feminino
Quando a pele exalava odores
no quarto,
[desciam em rodopio,
palavras molhadas}
[ondas exportavam
a calma dos rios}
Nua e distraída,
tecias redes
e planos.
Hoje não calo,
não fecho a porta.
Recebo amores no mundo
onde habitavas.
no quarto,
[desciam em rodopio,
palavras molhadas}
[ondas exportavam
a calma dos rios}
Nua e distraída,
tecias redes
e planos.
Hoje não calo,
não fecho a porta.
Recebo amores no mundo
onde habitavas.
domingo, 4 de março de 2012
Estrelas
Ouvi-las
no tempo
compacto
guardá-las
num templo
solto
no ar.
Segui-las
apontá-las
sem ver-
rugas
na pele
do medo.
Estrelas
namoram
meninos
velhos
senhores
da manhã.
Estrelas.
Como perdê-
las?
no tempo
compacto
guardá-las
num templo
solto
no ar.
Segui-las
apontá-las
sem ver-
rugas
na pele
do medo.
Estrelas
namoram
meninos
velhos
senhores
da manhã.
Estrelas.
Como perdê-
las?
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Sobre as águas
Pássaros pousam sobre nuvens;
vestem-se nas rotas do sol.
As árvores
contemplam as folhas
lavadas no vendaval.
Leva a chuva,
as dores das mães.
Sandálias de pano
agasalham os pés
sobre as águas.
Nos mapas,
a força do tempo.
O pôr-do-sol,
guarda as cores das manhãs.
Transforma, transporta
a alegria no coração
dos homens.
vestem-se nas rotas do sol.
As árvores
contemplam as folhas
lavadas no vendaval.
Leva a chuva,
as dores das mães.
Sandálias de pano
agasalham os pés
sobre as águas.
Nos mapas,
a força do tempo.
O pôr-do-sol,
guarda as cores das manhãs.
Transforma, transporta
a alegria no coração
dos homens.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
AS TELHAS
As Telhas
As telhas da casa dormem
sobre poemas e tintas
de cores reais.
Ouvem as flores
luas e manhãs
nas ruas onde passo
e choro.
As telhas da casa dormem
sobre poemas e tintas
de cores reais.
Ouvem as flores
luas e manhãs
nas ruas onde passo
e choro.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Canteiros da Solidão
Navego um rio sem ondas,
trás de volta à vida,
as cores de uma paixão.
Corre fino o rio...
evapora-se no tempo
dos relógios quebrados.
No escuro,
os ponteiros seguem;
guardam as horas,
as cinzas do mundo.
Na boca,
o eco das palavras,
um grito de agonia.
O sangue ferve e passa;
tinge o sol e o chão.
As flores,misturam-se às águas;
transformam-se os retalhos de vida,
nos canteiros da solidão.
trás de volta à vida,
as cores de uma paixão.
Corre fino o rio...
evapora-se no tempo
dos relógios quebrados.
No escuro,
os ponteiros seguem;
guardam as horas,
as cinzas do mundo.
Na boca,
o eco das palavras,
um grito de agonia.
O sangue ferve e passa;
tinge o sol e o chão.
As flores,misturam-se às águas;
transformam-se os retalhos de vida,
nos canteiros da solidão.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Orvalho e Estrelas
...não fosse o afago dos deuses,
o poeta se afogaria
num mar de dúvidas
e lágrimas.
Mas há consolo na poesia
que chora e eleva a alma.
Embriagado,
flutua nas cores das águas,
declara-se ao vento,
rota dos amantes,
de olhares vívidos,
espelhados no orvalho
e nas estrelas.
o poeta se afogaria
num mar de dúvidas
e lágrimas.
Mas há consolo na poesia
que chora e eleva a alma.
Embriagado,
flutua nas cores das águas,
declara-se ao vento,
rota dos amantes,
de olhares vívidos,
espelhados no orvalho
e nas estrelas.
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