sexta-feira, 19 de junho de 2015
a d a n ç a
é
a
f
a
l
a
do corpo o suor
em movimento
e
s
c
a
l
a
alonga
alarga
a alma
afasta a lama
a poeira a pedra
o peso do corpo
transporta sonhos
em passo de neve.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
u
c z
s
c u
z
c u
s
u z
z s
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Não
quero nunca mais
dizer mais não nunca
quero dizer
talvez
não quero jamais dizer
nunca mais
mais nunca
não!
sábado, 9 de maio de 2015
Casa
quem
ama
quer
casa
sonha
encabula
-se
e
casa.
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Na Boca
n
a
b o
c
a
d o s
leões
sangram
os
os lh os
huma n
os
segunda-feira, 20 de abril de 2015
venha
re ver
vi
re ver
me
lhor
n
ã
o
b
e
r
b e
s u o r
nem
pranto
no
mar
do
meu
riso
sexta-feira, 17 de abril de 2015
arvorar arar
a terra o tempo
a flo no ar
r a r
v
a ilha
mar
sábado, 11 de abril de 2015
Chove
c
h
o
v
e
c
h
o
v
e
lev a
lav a
o sol
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Tombos
pom bos
tom bam
bambos
no ar
tombo vendo
um trem de
nuvens
no templo
a hora é clara
não há tempo
no olhar.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Barco
no ( m) ar
no ( b ) arco
no arco
o sol
ar/dia
na areia
a (c) a l m a
r i a
do/mar i a
sombria.
terça-feira, 24 de março de 2015
Língua Reta
mastigar a palavra
prematura
toda brilha
bem narrada
toda l
i
t
e
r
a
t
u
r
a
.
lamber fora
língua nova
linda morta
a
t
u
r
a
a língua reta
a fala pura?
sábado, 14 de março de 2015
Ver
Vir Ver vive
Rever revi R
re/virar o verbo
b) ater as teclas
acordar poemas
e pombas
recordar asas
quase mortas
t) atuar o corpo
sem palavras
feias e tortas.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
A chuva
a chuva
no sol
o
sec
o
fagulhas
de aço
furam
bolhas
cortam
folhas
não use
água
à-toa
o ar é
quase
azul
falece
a ótica
atiça
chama
a teia
úmida
aquece
fina e
frágil
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
No meio do nada
o amor não morre
desmorre
descreve
um beijo
no meio
do
nada
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Não ao Cão
Diga não ao cão
sem pelo e cauda.
Não é sã
a pasta escura
e gasta
enrola-
se
a língua
no céu
da boca
engasga-
se
o papa
assa o pão
esfria a sopa
As/sim
a missa
é m/assa.
a hora
passa
desbota
a roupa.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Ópaí, Ó!
furtaram
o C da
c opa.
domingo, 1 de fevereiro de 2015
No Tronco
a poesia nasce
no tronco
na cabeça
do cara
lho
n o bagu
lho
na viagem
jogo de bar
alho
no ponto
do molho:
pimenta
cebola
alho
sábado, 31 de janeiro de 2015
poesia
cabeça
do
car
a
lho
bagu
lho
na viagem
jogo do bar a
lho
alho
desmarque
o ponto do
trabalho
molho:
pimenta
cebola
alho
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Pouso
sem asa
c
sem ausa
c
não aso
sem
p
ouso sem asa
debaixo do sol
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Rever
r e ver
ter
o
medo
v e r a r o
s a
r o
s a
o v e r d e v e r d e
no arco da ponte ver montanhas
não soltar a cor das unhas
no olho aceso das cobras
não ver a rima na teia
na casa cheia de aranhas.
num poema único
escrever a cena rara
ser pouco é muito
ouvir o som dos lábios
cheios de sol e nuvem
domingo, 11 de janeiro de 2015
Reverter
r e ver
t e
m
pe r o
no mas rouco
pouco
ouço um
beijo
nos lábios teus
numa ponte
subir
montanhas
nas sombras passam
cobras sobram nuvens
sobre muralhas
cortar a
rima do sol
longe das colmeias
não soprar a cor
das unhas
nos olhos
da aranha.
num mote único
salvar mais cedo
o poema tarde
.
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