segunda-feira, 9 de abril de 2012

Águas de Abril

Temporais riscavam
maus presságios nos céus.
Janelas e portas se fechavam,
a cidade perdia-se no vento.

Poetas ouviam versos
vindos das nuvens.

Jovens amantes
despertavam prazeres
e esqueciam da tarde,
onde pedras rolavam
ladeira a baixo.

{Mulheres recolhiam lembranças}.

Absorto,
eu via homens de pedra
e alma vazia.

Nas montanhas,
desciam corpos molhados
das filhas do sol.

Relâmpagos iluminavam as ruas,
a vida renascia sobre as águas.

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