quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Poemínimos

Teatro Nô

no escuro
um kamikase
abre a boca
nada fala
solta pum.


ZEN


u m

c í r c u l o

u m c i r c o

a b e r t o

e m
l o n a


n u v e m
p o s t a


II

Palhaços

invisíveis,
palhaços gargalham no ar.
Alegres, assustam.

Entre urros e silêncios
a plateia vai ao chão.



nos fios da teia
aranhas não morrem.
Cai a chuva.

Divinos olhos iluminam
árvores pedras asas

p á s s a r o s


o deus das águas
guarda os peixes
o riso abençoa
chove lágrimas.

O céu se abre
na palma da mão.
Em ondas o amor
transborda no mar.

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